Afinal, é ou não permitido ressonância magnética na gravidez? É comum que muitas pessoas sintam receio com relação a ressonância magnética, principalmente as mulheres grávidas, que devem se preocupar em dobro.
A ressonância magnética nada mais é do que uma alternativa que tem facilitado a vida de médicos, profissionais da saúde e pacientes através de diagnósticos por imagem mais precisos do que os obtidos em outros exames.
Este exame mostra com definição estruturas internas de órgãos através do uso de campo magnético. O aparelho de ressonância tem um grande imã, que é capaz de gerar um campo magnético. Vale lembrar que esse tipo de exame não envolve radiação como muitos acreditam.
Quer saber mais sobre este exame durante a gravidez e quais são os riscos? Continue a leitura e confira este conteúdo completo que preparamos sobre o assunto esclarecendo essas questões. Boa leitura!
O que é ressonância magnética?
O exame de ressonância magnética nada mais é do que um exame de imagem que mostra com definição as estruturas internas de órgãos, isso através do uso de um campo magnético. O aparelho de ressonância magnética tem um grande imã, que é capaz de gerar um campo magnético.
Entre os principais benefícios do exame estão:
- Menores chances de efeitos colaterais;
- Imagens de alta definição;
- Não utilizar radiação.
Afinal, a ressonância magnética na gravidez é permitida?
Não existem evidências científicas que comprovem que a realização de exames de ressonância magnética durante a gravidez seja prejudicial à saúde da mãe e do feto. Mas, o recomendado é sempre avaliar muito bem a necessidade da realização do exame neste período, dando ainda mais atenção ao primeiro trimestre da gravidez.
Durante a gestação, tanto exames como tomografias quanto a ressonância magnética devem ser avaliados e debatidos com atenção pelo profissional de saúde responsável e paciente.
Quais os resultados da pesquisa do Journal of the American Medical Association?
Uma pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association indica que mulheres grávidas podem realizar o exame de ressonância magnética com segurança, inclusive durante o primeiro trimestre de gestação.
Porém, a exposição ao contraste de gadolínio, que é comumente utilizado em exames de ressonância magnética, acabou resultando no aumento do risco de efeitos colaterais para o feto após seu nascimento.
Os pesquisadores examinaram mais de 1,42 milhões de registros médicos em Ontário, no Canadá, isso entre os anos de 2003 e 2015. No estudo examinaram o risco de os bebês falecerem nos 28 dias após o nascimento ou de desenvolverem anomalias congênitas e outras doenças após serem expostos à ressonância ou ao gadolínio.
Por volta de 5.600 das mulheres que estavam nesses registros foram submetidas a exames de ressonância magnética durante o período de gestação. Cerca de 1.700 durante o primeiro trimestre e 400 delas com o uso de gadolínio em qualquer estágio da gravidez.
No grupo de mulheres que foram expostas a ressonância magnética, houveram 10,9 natimortos para cada 1.000 nascimentos, enquanto no grupo não exposto houve apenas 6,9 natimortos para cada 1.000.
Já com relação à incidência de anomalias congênitas, não houveram muitas diferenças entre os grupos, cerca de 33,8 a cada 1.000 no grupo exposto e 24 a cada 1.000 no grupo não exposto.
No grupo que foi exposto ao gadolínio, houveram 17,6 natimortos a cada 1.000 nascimentos. Fetos que foram expostos ao gadolínio durante o exame de ressonância apresentaram uma maior incidência de condições reumáticas e inflamatórias ao longo de suas vidas, com uma média de 125,8 a cada 1.000 no grupo de mulheres expostas e 93,7 a cada 1.000 no grupo que não foi exposto.
Mas, vale ressaltar que o estudo reforça a segurança da ressonância magnética na gravidez, isso quando clinicamente indicado e acompanhado por um profissional de saúde qualificado. É importante que os profissionais da área da saúde fiquem atentos às novas evidências para oferecer o melhor tratamento e mais segurança aos pacientes.
E no caso de existir uma indicação de realização de um exame de ressonância magnética com contraste, o recomendado é optar por administrar um dos agentes com gadolínio mais estáveis, que são aqueles com menor risco de fibrose nefrogênica sistêmica.
A ressonância magnética pode ser prejudicial ao feto?
Durante o período de gestação o corpo do bebê está em processo de formação, sendo muito mais suscetível a influência de agentes externos. As células estão se multiplicando rapidamente e interferências podem causar mutações que levam a defeitos no nascimento, ou até mesmo problemas de saúde futuros.
Considerando isso, os profissionais de saúde devem sempre analisar os riscos e benefícios na hora de prescrever medicamentos ou solicitar exames para a futura mãe.
Mas sabemos que certos exames e tratamentos podem ser necessários para a saúde e bem-estar tanto da mãe quanto do bebê e, como já foi dito, se indicado e acompanhado por um profissional, o exame é sim seguro tanto para a gestante quanto para o feto.
Conclusão
Como é possível notar, não há evidências que comprovem os riscos da ressonância magnética durante a gravidez, mas nessas situações é prudente sempre avaliar a necessidade da realização do exame.
Havendo a necessidade da realização do exame durante a gestação, converse com seu médico e alinhe qual a melhor solução. O paciente deve discutir suas preocupações com seu médico antes para que possam ser indicados os métodos mais apropriados.
Esperamos que você tenha gostado e que este conteúdo tenha esclarecido suas dúvidas sobre a ressonância magnética na gravidez. Para não perder nenhuma novidade e receber nossos conteúdos exclusivos, continue acompanhando nosso blog e inscreva-se em nossa newsletter.