A medicina nuclear é uma especialidade médica em potencial crescimento na área da saúde.
Hoje, a medicina nuclear atua em diversas áreas médicas como cardiologia, oncologia, hematologia, neurologia, entre tantas outras.
No entanto, as aplicações mais conhecidas são voltadas aos pacientes com câncer, mas os procedimentos podem ser direcionados às mais diversas demandas médicas.
Nesse artigo vamos trazer mais detalhes sobre essa área em expansão e de grande importância na medicina, bem como as suas vantagens. Continue a leitura!
Entendendo a medicina nuclear: definição e fundamentos
A medicina nuclear é uma especialidade inovadora que está crescendo rapidamente pelo fato de oferecer novas alternativas de diagnóstico por imagem com acurácia e tendo bastante destaque no tratamento terapêutico.
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Se utiliza pequenas quantidades de substâncias radioativas, que são os radiofármacos, como ferramenta para examinar o funcionamento dos órgãos e tecidos vivos em que se deseja observar, realizando diagnósticos e, além disso, tratamentos.
Entretanto, os radiofármacos usados no diagnóstico são muito seguros e oferecem poucas possibilidades de causar reações adversas aos pacientes.
Funcionamento da medicina nuclear: processos e segurança
O conceito de medicina nuclear às vezes gera certo medo devido aos riscos que substâncias radioativas apresentam. Entretanto, essa tecnologia é segura e eliminada rapidamente pelo organismo, principalmente quando se trata da finalidade diagnóstica.
Mais do que uma técnica diagnóstica de alta qualidade, a medicina nuclear é, também, a base para importantes métodos terapêuticos, utilizados há várias décadas em tratamentos para câncer e outras doenças.
Logo abaixo, vamos falar sobre as duas finalidades da medicina nuclear e como funciona.
Diagnóstico preciso: o papel da medicina nuclear
A medicina nuclear diagnóstica emprega exames que possibilitam a obtenção de informações sobre o comportamento metabólico de diferentes órgãos.
Os radiofármacos são administrados ao paciente por via oral, inalatória ou intravenosa, conforme a finalidade e a área do corpo a ser analisada. Dessa forma, é o paciente que emite os raios gama para o aparelho, que os detecta e, assim, gera as imagens do local examinado.
Desse modo, os exames permitem detectar anomalias funcionais e bioquímicas antes que ocorram alterações morfológicas, contribuindo para o diagnóstico precoce. O exame ainda consegue visualizar a imagem do corpo inteiro do paciente para diagnóstico de metástase tumoral.
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Essa vantagem é possível, visto que muitas doenças, como o câncer, por exemplo, são sensíveis à radiação. Portanto, as células alteradas absorvem o radiofármaco de maneira diferente dos tecidos saudáveis, o que permite sua visualização em imagens.
Os exames mais usados na medicina nuclear são a tomografia por emissão de pósitrons (PET/CT) e a cintilografia que veremos detalhadamente abaixo.
Tomografia por emissão de pósitrons (PET/CT)
Um aparelho que combina a tecnologia da tomografia por emissão de pósitrons (PET) e a tecnologia usada na tomografia computadorizada (TC) realiza o exame PET, também conhecido como PET-Scan. As imagens obtidas são tridimensionais e de alta resolução.
O que é e como funciona a tomografia computadorizada, confira!
Nesse tipo de exame, é possível utilizar um marcador de glicose (tipo de açúcar) conhecido como FDG-18 que busca rastrear especialmente tumores malignos.
Ele utiliza PET/CT para investigar a atividade tumoral, avaliar a eficácia dos tratamentos e mensurar danos causados por doenças cardiovasculares e degenerativas, como Parkinson e Alzheimer.
Em casos de suspeita de um câncer, portanto, trata-se do melhor método para um diagnóstico preciso.
Cintilografia
A cintilografia reúne uma gama de exames de diagnóstico por imagem com base na cintilação formada pela radiação emitida pela célula anômala.
Assim como no PET/CT, é possível identificar o funcionamento de diferentes órgãos e sistemas do corpo. E ainda, é possível detectar e tratar alguns tipos de tumores.
Os exames de cintilografia são bastante úteis em diversas áreas da medicina, permitindo a análise do miocárdio, glândulas salivares, fígado, baço, vias biliares, vesícula biliar, tireoide, ossos, rins, testículos, linfonodos, pulmões, cérebro, medula óssea, vasos sanguíneos e entre outros.
Cintilografia com SPECT/CT
O SPECT/CT (Tomografia Computadorizada de Emissão de Fóton Único/Tomografia Computadorizada), é um equipamento diagnóstico de alta tecnologia na medicina nuclear.
O SPECT/CT faz parte do exame de cintilografia e a complementa, aumentando a capacidade de identificar corretamente diversas doenças em diferentes regiões do corpo.
Entre as diversas funcionalidades do exame em SPECT/CT, as áreas médicas em que o procedimento apresenta maior avanço são oncologia, endocrinologia, ortopedia, pneumologia, gastroenterologia e neurologia.
São alguns exemplos: localização anatômica de tumores neuroendócrinos, melhor identificação e localização do câncer de tireoide e distinção entre metástases ósseas e processos degenerativos dos ossos.
Ambos os tipos de exames mencionados acima podem utilizar as seguintes substâncias radioativas com suas respectivas finalidades:
- Tecnécio-99: utilizado especificamente no diagnóstico de tumores;
- Iodo-131: É usado para avaliar doenças na tireoide.
- Gálio-67: usado principalmente para avaliação de eventuais focos de infecção e inflamação;
- Tálio-201: Usado no diagnóstico de doenças cardíaca;
Terapia com medicina nuclear: tratamento e inovações
A medicina nuclear terapêutica utiliza principalmente radiofármacos para tratar vários tipos de câncer, mas também pode ser aplicada em terapias não oncológicas.
Os principais usos da medicina nuclear terapêutica são:
- Radioimunoterapia: Anticorpos monoclonais utilizados no tratamento de linfoma, leucemia e tumores sólidos (câncer de pulmão, próstata e ovário);
- Radioiodoterapia: tratamento de primeira escolha para o hipertireoidismo e complementar ao tratamento cirúrgico de carcinomas diferenciados da tireoide;
Na medicina nuclear terapêutica, são utilizados radiofármacos que emitem partículas beta ou alfa, altamente seletivas para atingir células ou tecidos específicos, impedindo a multiplicação de células malignas ou funções como a inflamação.
Conclusão: o impacto crescente da medicina nuclear
Atuando em diversas áreas, a medicina nuclear vem ganhando grande espaço na medicina diagnóstica, pois oferece diagnósticos precoces, altamente precisos e imagens ricas em detalhes e informações, aumentando as chances de recuperação e proporcionando um tratamento ágil e adequado.
Além disso, a medicina nuclear oferece uma gama de tratamentos terapêuticos para diversas patologias.
A medicina nuclear pode ser uma área da medicina considerada relativamente nova e de concentração em grandes centros urbanos, mas é uma área importantíssima da saúde e que vem crescendo e ganhando espaço no diagnóstico por imagem.
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