Os dois exames são úteis para o diagnóstico por imagem e têm propósitos parecidos, mas na prática funcionam de maneiras bem diferentes.
Os exames de imagem evoluíram com a implementação de novas tecnologias na área da saúde, garantindo diagnósticos cada vez mais rápidos e precisos. Dentre eles, solicitados quando há suspeita de doença, estão a Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética.
Os aparelhos apresentam semelhança visualmente e há pessoas que têm dúvidas se podem usá-los para o mesmo fim.
Se você também tem essa dúvida e quer entender qual a diferença entre a tomografia e a ressonância magnética, continue a leitura do artigo!
O que é tomografia computadorizada?
A tomografia computadorizada (TC) é um exame médico avançado que utiliza feixes raios-X e tecnologia de computação para criar imagens detalhadas do interior do corpo.
O exame é rápido e indolor, proporcionando informações essenciais para o diagnóstico preciso e o planejamento do tratamento.
Além disso, esse exame possibilita a realização de outros procedimentos médicos simultaneamente ao exame, como biópsias e punções.
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O que é ressonância magnética?
A ressonância magnética (RM) é um exame não invasivo e seguro que utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para obter imagens detalhadas do interior do corpo.
Entretanto, diferentemente da tomografia computadorizada, não envolve a emissão de raios-X.
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Para que servem os exames de tomografia e ressonância?
A TC permite que os médicos visualizem órgãos, ossos e tecidos em diferentes ângulos, tornando-se uma ferramenta valiosa para diagnosticar problemas de saúde, como fraturas, tumores, infecções e condições cardíacas.
A RM é especialmente útil para visualizar estruturas como cérebro, medula espinhal, articulações e órgãos internos com alta precisão, ou seja, ajuda a diagnosticar e avaliar condições como lesões musculares, problemas neurológicos, tumores e doenças degenerativas.
Diferença entre tomografia e ressonância magnética: entenda
O campo médico utiliza amplamente a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, pois elas oferecem imagens precisas e de alta qualidade. No entanto, apresentam algumas diferenças essenciais.
A tomografia computadorizada fornece imagens em planos transversais por meio de emissão de radiação ionizante, o raio-X, gerando imagens com diferentes intensidades de acordo com a densidade do tecido.
Por outro lado, a ressonância magnética não utiliza raios-X, e sim campos magnéticos e ondas de rádio para gerar imagens detalhadas. Permite ver planos em corte frontais e oblíquos através de ondas eletromagnéticas e ondas de rádio.
No entanto, a tomografia computadorizada fornece imagens em planos horizontais e tridimensionais por meio de emissão de radiação ionizante, gerando imagens com diferentes intensidades de acordo com a densidade do tecido, enquanto a ressonância magnética permite ver planos em corte (frontais e oblíquos) através de ondas eletromagnéticas e ondas de rádio.
Normalmente, a tomografia computadorizada é útil para diagnosticar questões ósseas e pulmonares e, por ser um procedimento rápido, é ideal para emergências.
Um médico solicita a ressonância magnética quando há necessidade de diagnósticos mais complexos, como partes moles e condições do sistema nervoso.
Quanto aos custos, os exames de RM apresentam um custo relativamente alto quando comparado com a TC, pois é uma tecnologia mais completa que oferece resultados e imagens mais detalhistas.
Ainda assim, somente o médico decide, de acordo com a queixa e anamnese clínica do paciente e suas limitações, qual o melhor tipo de exame a ser realizado.
Uso do contraste na tomografia e na ressonância magnética
Em alguns casos, as imagens obtidas pelos exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética não são nítidas e claras o suficiente para se determinar um diagnóstico com toda precisão necessária.
Nestes casos faz-se uso do contraste, uma substância que permite observar com maior clareza, facilitando a diferenciação de órgãos, tecidos e vasos sanguíneos.
Saiba mais sobre os contrastes utilizados em exames de imagem.
Em tomografias, o contraste utiliza iodo como base, o que impede o seu uso por pacientes alérgicos à substância.
Por outro lado, na ressonância magnética, o contraste tem o gadolínio como base, devido à sua força na identificação de lesões e tumores, além de ser considerado bastante seguro e bem tolerado pelos pacientes.
A tomografia e a ressonância detectam quais doenças?
A diferença entre tomografia computadorizada e a ressonância magnética está relacionada às doenças que podem ser detectadas.
Cada exame possui suas particularidades, embora suas indicações possam ser semelhantes.
A tomografia computadorizada tem indicação para diagnóstico de inúmeras doenças e processos infecciosos no organismo, destacando-se como mais rotineiras no serviço de diagnóstico por imagem.
- Acidentes vasculares cerebrais;
- Doenças abdominais;
- Tumores;
- Hemorragias intracranianas;
- Trauma craniano;
- Fraturas ósseas;
- Doenças pulmonares;
- Sinusite;
Além das indicações citadas acima, a TC é muito útil para rastrear pequenas alterações no organismo e é um equipamento fundamental para a rotina de pronto atendimento devido a rapidez para realizar o exame e na liberação do laudo.
A ressonância magnética indica a investigação de doenças mais complexas, como:
- Doenças neurológicas;
- Lesões nos vasos cerebrais;
- Articulação e seus sistemas;
- Doenças do coração como o infarto;
- Doenças mamárias;
- Tumores, cistos, metástases e outras anomalias em várias partes do corpo;
A ressonância magnética pode indicar-se também em várias outras situações, principalmente para complementar o diagnóstico ou até mesmo para acompanhar o tratamento de alguma doença já em curso.
Contraindicações da tomografia e da ressonância magnética
A tomografia e a ressonância apresentam algumas contraindicações que a equipe de saúde do serviço de radiologia deve seguir à risca para evitar qualquer tipo de intercorrência com o paciente.
No entanto, a tomografia computadorizada tem menos contraindicações, mas não é indicada para gestantes devido à emissão de radiação em doses baixas.
Indivíduos asmáticos ou alérgicos precisam de avaliação do radiologista antes do uso de contraste a base de iodo, que é necessário em quase todos os exames, a fim de se evitar reações adversas.
A ressonância magnética produz um campo magnético muito forte, por isso é preciso se certificar que nenhum objeto metálico esteja por perto durante o procedimento, mesmo que seja um simples grampo de cabelo.
Antes de entrar na sala de exames, é preciso retirar objetos metálicos, como os que podem ser puxados, deslocados, aquecidos ou desligados durante o exame.
As demais contraindicações para realizar a RM são:
- Presença de implantes metálicos como pino, prótese, DIU de prata ou cobre;
- Uso de implantes eletrônicos: marca-passo ou implante coclear;
- Tatuagens recentes: comunicar a equipe pois algumas tintas têm componentes metálicos;
- Claustrofóbicos: nesses tipos de caso, a sedação pode ser necessária, a pedido médico;
Veja detalhadamente sobre as contraindicações da ressonância magnética, leia esse conteúdo.
Por último, alguns exames de RM podem ser necessários o uso de contraste, mais comumente o gadolínio, e por isso, alérgicos devem informar caso tenham alergia a algum tipo de contraste.
Conforme as disposições acima são além, devemos avaliar minuciosamente os pais renais para avaliar a viabilidade da administração do contraste.
Laudo à distância na tomografia e ressonância magnética
O laudo a distância na radiologia é quando o médico responsável por analisar o exame radiológico e laudar o mesmo, não está presencialmente no local onde o exame é realizado.
Conheça mais sobre o serviço de laudo à distância e seus benefícios!
Logo após a conclusão do exame, a equipe de especialistas da empresa de telerradiologia encaminhou as imagens via sistema, como PACS, e acessou-as para elaborar os laudos e fornecer o diagnóstico.
Tudo que você precisa saber sobre PACS está aqui, clique e leia o conteúdo completo.
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