O ambiente hospitalar pode oferecer vários riscos para seus frequentadores, seja paciente ou funcionário. Estes riscos, por sua vez, podem ser de vários tipos e com uma percepção muito diferente para as pessoas. Em 2019, com o surgimento da COVID-19, a segurança hospitalar entrou em pauta de maneira especial devido aos protocolos de prevenção de contaminação por essa doença. Uma ferramenta que auxilia na prevenção, é o Mapa de Risco Hospitalar.
Portanto, é importante que todos que frequentam esse ambiente tenham uma percepção clara dos riscos aos quais estão expostos. De encontro a essa necessidade, o Mapa de Risco Hospitalar é uma ferramenta útil para expor os perigos de forma gráfica e intuitiva, tornando o ambiente mais seguro.
Apesar de simples, há alguns cuidados na hora de montar e desenhar um mapa de risco hospitalar. Esse artigo aborda alguns desses pontos e dá o direcionamento para uma melhor compreensão do assunto.
Venha com a gente e descubra como montar o mapa de risco hospitalar!
O que é mapa de risco e como ele pode beneficiar a instituição?
De maneira direta e simplificada, o mapa de risco é gerado a partir da necessidade de se “mapear” os riscos em todo o espaço hospitalar. Ou seja, o mapa de risco hospitalar vem para assegurar um melhor espaço de trabalho, criando um ambiente seguro e preparado para os acontecimentos diários.
Dessa forma, a administração hospitalar pode disponibilizar equipamentos de proteção coletiva, equipamentos de proteção individual (EPI), além de materiais adequados para limpeza de determinados locais, organização de descarte, entre outros passos fundamentais para não gerar contaminação de todos que transitam pelos setores hospitalares.
Para que serve o mapa de risco hospitalar?
O Mapa de Risco Hospitalar serve para ajudar na prevenção e combate à acidentes que podem acontecer no ambiente do hospital. Além disso, fornece uma sensação de segurança e preparo para os pacientes e para os colaboradores frente a um possível acidente.
Portanto, se fossemos definir um “para que o mapa de risco hospitalar serve”, diríamos, com toda certeza, que é para segurança de toda sociedade, independente se esteve no hospital ou não. A contaminação hospitalar pode gerar um problema real de saúde pública e o mapa de risco ajuda nessa maior atenção e combate dos perigos contidos nos hospitais.
Quem deve criar o mapa de risco hospitalar?
A elaboração do mapeamento de riscos hospitalares é uma responsabilidade da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), em colaboração com o SESMT (Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho). Além disso, o mapa de de risco deve incluir a consulta aos funcionários de todos os setores da instituição, conforme determinado pela Portaria SSST nº 25.
Além disso, é viável considerar a contratação de empresas terceirizadas que disponham de uma equipe especializada em medicina e segurança do trabalho. Isso pode trazer maior eficiência e rapidez na elaboração dessa ferramenta.
Quais são as ameaças mostradas no mapa?
As ameaças são categorizadas por cores para tornar mais compreensível o mapa hospitalar para todos.
Ao mesmo tempo, em um desenho de um mapa de risco, é possível identificar a presença de círculos grandes, médios e pequenos. Os tamanhos diferentes determinam a gravidade do risco, que pode ser leve, moderado ou elevado.
Logo, vamos detalhar como os grupos de perigos são separados, confira abaixo:
Grupo 1
Representado pela cor verde. Marca os riscos físicos dentro do ambiente hospitalar, como:
- Altos níveis de frio ou calor;
- Umidade em excesso;
- Ruídos.
Grupo 2
Representado pela cor vermelha. Apresenta os riscos químicos, como:
- Exposição a odores fortes ou tóxicos;
- Fumaça;
- Gases;
- Poeira.
Grupo 3
Definido pela cor marrom, representa os riscos biológicos, como:
- Vírus;
- Bactérias;
- Fungos;
- Parasitas;
- Protozoários e todo tipo de microrganismo que tem o potencial de trazer danos sérios à saúde
Grupo 4
Representado pela cor amarela, corresponde a riscos ergonômicos que levam ao estresse mental e físico por meio do esforço inadequado, repetitivo ou intenso.
Grupo 5
Delimitado pela cor azul, indica a existência de riscos de acidentes mecânicos em decorrência de estruturas inadequadas defeituosas, antigas e perigosa.
Como elaborar o mapa de risco hospitalar?
A Portaria Federal nº 25/ 1994 determina as fases na elaboração do mapa hospitalar. Abaixo, vamos a um passo a passo fundamental na hora de criar um mapa de risco.
1- Avaliar o espaço hospitalar
O primeiro passo na hora de produzir o seu mapa de risco hospitalar é ter toda informação necessária no que tange o espaço hospitalar em questão. Isso porque é fundamental ter todo conhecimento do espaço de saúde, antes de começar a produzir o mapa de risco hospitalar.
Do mesmo modo, uma boa maneira de já começar o mapa de risco, é conseguir a planta do hospital em questão. Com a planta de todo o espaço de saúde e suas respectivas salas e ambientes, o processo de confecção do mapa será mais fácil.
2- Identificar tipos de riscos presentes
Agora com a planta do hospital, é preciso mapear o que cada ambiente proporciona de risco a todos que passam por ele, como vimos logo acima, tais como:
- Físicos
- Químicos
- Biológicos
- Ergonômicos
- Mecânicos
3- Histórico de risco
Depois de entender e demarcar os riscos, é importante buscar o histórico causado pelos riscos encontrados. Ou seja, é importante entender, na prática, o que acontece de perigoso e onde acontece.
Algumas perguntas como:
- Alguém já se contaminou?
- Houve algum tipo de acidente em determinado espaço?
- Falta algum tipo de Equipamento de proteção?
Tudo isso ajudará a prever e se precaver de problemas recorrentes em determinado ambiente.
4- Identificação das causas de risco
Do mesmo modo, é necessário interligar o histórico de risco com as causas citadas. Isso será fundamental para gerar um mapa seguro e de grande usabilidade no dia a dia de um hospital.
Dessa forma, sabendo identificar as causas, é possível agir para combater acidentes, independente de qual tipo de risco esteja em pauta.
5- Trazer soluções sobre o layout hospitalar
Pronto! Agora você só precisará criar soluções, atenções, processos de segurança, equipamentos e instruções sobre os riscos hospitalares, dentro do seu mapa. Mostre a seu profissional como ele deverá agir para que não contamine ou cause acidentes nos interiores do espaço de saúde em questão.
O que não pode faltar no mapa hospitalar?
Para finalizar, é importante entender o que não pode faltar no seu mapa de risco: Vamos a uma recapitulação?
Primeiro é necessário ter domínio do espaço de saúde, após isso, será necessário a identificação. Identificou? Tipifique todos os perigos e também suas causas. Depois desse momento, você precisará focar em diminuir as causas de acidentes, bem como as precauções e ações necessárias para o combate desses acontecimentos.
Para continuar recebendo nossos conteúdos, inscreva- se na nossa newsletter.