Os equipamentos de radiologia demandam manutenção regular de acordo com regras legais e recomendações da empresa fabricante e é importante para a segurança do paciente e para o retorno financeiro da clínica. Leia o texto abaixo e saiba que deve ser avaliado.
Manter a manutenção de equipamentos de radiologia em dia visa garantir a segurança na operação de clínicas e hospitais para maior qualidade dos exames realizados e consequentemente dos laudos médicos, e é essencial para garantir a segurança do paciente e da equipe. Devido à importância desses processos, é fundamental que gestores de centros de imagem e saúde conheçam as determinações legais sobre a manutenção de equipamentos de radiologia e medicina diagnóstica.
Além disso, a falha dos equipamentos decorrentes da falta de manutenção pode ocasionar uma série de transtornos tanto para os pacientes como para as clínicas, como a suspensão de exames, divergências nos resultados, insatisfação dos pacientes e outros que podem impactar no orçamento da empresa, bem como a sua imagem no mercado.
Pensando nisso, elaboramos este conteúdo para mostrar os principais cuidados que devem ser tomados pelos centros de diagnóstico por imagem e com a manutenção dos equipamentos. Acompanhe!
Como fazer a manutenção de equipamentos radiológicos?
A manutenção de equipamentos radiológicos de diagnóstico por imagem, como é o caso da Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética, Raio-X, Ultrassom e Mamógrafo, tem o intuito de tornar o atendimento ao paciente mais seguro e eficiente e ainda pode contribuir com o retorno financeiro do centro de imagem. Portanto, ela não deve ser negligenciada.
Quando falamos em equipamentos de radiologia, as principais peças são aquelas que comprometem o funcionamento dos aparelhos de forma significativa, impactando a rotina. As peças que controlam a emissão de radiação, por exemplo, devem sempre funcionar de forma correta.
No caso de equipamentos de raio-x e/ou equipamentos emissores de radiação, a manutenção deve ser feita de acordo com o que está estabelecido na Portaria SVS/MS nº 453, de 1 de junho de 1998, publicada pelo Ministério da Saúde. Essa portaria estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e dispõe sobre o uso dos Raios-X em todo o território nacional.
De acordo com a Portaria acima, a primeira coisa que deve ser observada pelos gestores de clínicas é que os aparelhos radiológicos estejam com a documentação em dia. Isso inclui laudos radiométricos, laudos de fuga radiométrica no ambiente e controle de qualidade da imagem.
A recomendação dos especialistas sobre a manutenção de equipamentos radiológicos é que esses procedimentos sejam realizados diretamente com o fabricante, ou seja, um representante exclusivo da marca ou revendedor autorizado e qualificado para tal. Isso é muito importante pois a fabricante dos tomógrafos, mamógrafos, raios-x e outros equipamentos do tipo tem acesso às peças originais de reposição em tempo mais hábil, como também acesso às atualizações do dispositivo e documentos do equipamento, incluindo histórico de manutenção e recomendações necessárias.
A forma como a manutenção de equipamentos radiológicos vai ocorrer, vai depender diretamente do tipo de cobertura negociada no momento da aquisição do equipamento. Atualmente, existem quatro principais opções de contrato na rotina de manutenção que devem ser bem avaliados, são eles:
- SEM COBERTURA DE MANUTENÇÃO: modelo no qual a clínica ou hospital precisa arcar com os custos de manutenção ou reparo quando o equipamento quebra ou apresenta defeito. Essa opção não é muito vantajosa, porque pode resultar em demora no conserto, inadequações e deixar o equipamento parado, também é a opção mais cara;
- CONTRATO DE MANUTENÇÃO SEM PEÇAS: o fabricante ou representante autorizado é o responsável pelas manutenções preventivas e reparos, mas caso haja necessidade de reposição de peças, o valor da reposição não pode ser previsto;
- CONTRATO DE MANUTENÇÃO COM PEÇAS INTERMEDIÁRIO: modelo de contrato no qual a fornecedora é responsável pelas manutenções preventivas e corretivas, com cobertura para substituição apenas de algumas peças, normalmente, as mais básicas;
- CONTRATO DE MANUTENÇÃO COM PEÇAS COMPLETO: modelo no qual todas as manutenções e substituições de peças estão incluídas no contrato.
Ao decorrer desse texto, vamos te ajudar a entender mais sobre as diferenças de manutenções existentes atualmente e a identificar os danos nos equipamentos, confira.
Quais os tipos de manutenções existentes?
É interessante destacar ainda que, quando falamos em manutenção de equipamentos radiológicos, existem três tipos de manutenções que devem ser feitas em diferentes momentos e saber a diferença entre cada um deles é fundamental. Entenda mais logo abaixo:
- Manutenção preditiva: faz correções nos equipamentos antes que o problema aconteça. Utilizam a tecnologia como recurso para identificar possíveis falhas. É a melhor forma de preservar a vida útil do equipamento e assim evitar transtornos e gastos maiores.
- Manutenção preventiva: A manutenção preventiva é uma inspeção feita periodicamente para verificar se tudo está funcionando dentro do esperado nos equipamentos. Assim como a manutenção preditiva, ela serve para identificar possíveis falhas e corrigir falhas pequenas, antes que elas se tornem um grande problema.
- Manutenção corretiva: A manutenção corretiva é realizada para corrigir falhas ou problemas mais sérios. É o processo de conserto realizado quando um equipamento para de funcionar e interrompe as atividades no centro de radiologia e diagnóstico por imagem.
Como identificar danos nos equipamentos?
O primeiro passo para a identificação de danos nos equipamentos é a realização do inventário, onde são reunidas as informações a respeito do número de patrimônio, os dados do fabricante, tipo de revisão necessária, periodicidade e entre outros. Após isso, os aparelhos devem passar pela inspeção e higienização, onde são lubrificados e calibrados, conforme a indicação do fabricante e das particularidades de cada equipamento. Assim, é possível verificar os riscos de defeitos e/ou quais peças apresentam defeito para então poderem ser trocadas.
Considere ainda que as peças possuem um tempo de vida útil, que é medida em horas ou pela quantidade de exames que são realizados. Tendo esse conhecimento, é possível programar as trocas sem que haja falhas no equipamento ou que ele tenha que ser inutilizado por um período.
Os equipamentos que usam radiação para a obtenção de imagens, como é o caso do Raio X, quando são negligenciadas as recomendações do fabricante podem gerar sérias consequências tanto para o centro de imagem como para o paciente. Nas máquinas de Ressonância Magnética, por exemplo, as calibrações são necessárias para manter o campo magnético o mais homogêneo possível para garantir um exame de qualidade e sem divergências.
Se a equipe do centro de imagem ou os radiologistas identificarem que um aparelho não está funcionando corretamente, é preciso fazer um diagnóstico sobre as causas que fazem com que isso aconteça. Entre os principais danos que costumam acontecer, destacamos os seguintes:
- não realização dos procedimentos necessários para a mensuração radiológica;
- falta de calibração dos equipamentos;
- uso inadequado dos aparelhos;
- desgaste das peças fundamentais;
- falhas de energia;
Depois de ser identificada a causa dos danos, é preciso buscar ajuda especializada para cada um dos casos. Assim, deve ser contratada uma manutenção para substituir as peças que forem necessárias, por exemplo. É recomendado fazer um levantamento dos principais reparos realizados, que vai servir como base para o controle de qualidade a fim de melhorar os processos, além de entender a eficácia desse serviço para o centro de diagnóstico por imagem.
Conclusão
Investir na manutenção de equipamentos hospitalares, principalmente de equipamentos de diagnóstico por imagem, é essencial para todas as clínicas, hospitais, centros de imagem e até mesmo para o serviço de telerradiologia. Afinal, o bom funcionamento desses itens é o que garante a precisão na realização dos exames dos pacientes e o tratamento adequado.
A maioria dos problemas que acometem os aparelhos de imagem da medicina diagnóstica, podem ser evitados através da manutenção preventiva com inspeções periódicas. É algo que, se planejado e realizado constantemente, pode prolongar a vida útil dos equipamentos e até reduzir gastos com a manutenção corretiva de equipamentos, que normalmente é mais custosa, além de garantir o uso integral deles para a realização de exames de qualidade.
O monitoramento contínuo, como é feito na manutenção preditiva que utiliza o monitoramento de indicadores dentro do ambiente, ajuda na diminuição de chamados técnicos desnecessários ou de urgência, o que otimiza os custos e confere maior lucratividade para a clínica, uma vez que o custo de cada chamado costuma ser muito alto. Imagine o quão frustrante e desgastante para a equipe chamar um técnico para descobrir que o único problema era um posicionamento errado do equipamento. Caso sejam detectadas anormalidades nos gráficos de cada indicador monitorado, a manutenção preventiva pode ser programada, evitando assim os chamados de urgência e equipamentos parados.
Portanto, para saber qual é o período correto de manutenção de equipamentos de radiológicos é importante avaliar a aquisição do equipamento, bem como o contrato de manutenção acordado. Implantar o monitoramento de indicadores do maquinário de radiologia e agendar conforme instruções do fabricante avaliações periódicas, além de sempre optar por empresas autorizadas pelo fabricante do aparelho para dar manutenções.
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